segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

ESTÉTICA DOS VESTÍGIOS

O tema da memória e de seus vestígios (traces) ocupa pesquisadores de áreas diversas na medida em que a preocupação com o tempo e com o que resta dele em seu passar vertiginoso é o que constitui nossa visão de mundo e nossa identidade. Por se constituir em temática fulcral da teoria e da crítica literárias e em matéria recorrente da literatura de todos os tempos, retomada de forma incontornável na contemporaneidade, propusemos o tema da Estética dos vestígios para a presente edição de Estudos de literatura brasileira contemporânea.

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Entre memória e esquecimento, o que sobra são os vestígios, os fragmentos do vivido, o qual jamais pode ser recuperado na sua integralidade. De onde a preocupação dos regimes totalitários em apagar "os rastros" para que seus atos arbitrários não possam ser lembrados. Mas sempre sobra algum rastro que a sensibilidade dos escritores consegue retraçar e incorporar à matéria poética. Desse modo, se nossa memória é um receptáculo de resíduos memoriais, a literatura também o é, o que fez J. Derrida afirmar que toda a escritura é uma “casa assombrada”, devido a intercorrências tais como citações, alusões, menções, recordações, referências (Bernd, 2011).

Para mais informações: clique aqui.

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